As Forças Armadas destruíram a primeira pista de pouso dentro da Terra Yanomami, utilizada para abastecer o garimpo ilegal na região de Surucucu, em Roraima.

A ação, realizada na última quarta-feira (18), marca mais um o decisivo do governo federal no combate às atividades ilícitas na Amazônia. Desde março, 44 pistas foram demolidas ao redor do território indígena, em uma ofensiva que visa enfraquecer a logística dos garimpeiros e dificultar o o às áreas isoladas.

O governo utiliza uma combinação de sobrevoos de reconhecimento, imagens de satélite e tecnologia avançada para mapear as rotas clandestinas.

O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) tem um papel crucial nesse processo, fornecendo informações valiosas.

Além disso, o radar SABER M60, desenvolvido pelo Exército, foi fundamental para localizar a pista destruída. Com base na análise dessas imagens e dados de inteligência das Forças Armadas, a Casa de Governo coordenou a operação em conjunto com os militares, reforçando a estratégia de desarticulação das infraestruturas de apoio ao garimpo ilegal.

Efeitos da destruição das pistas de pouso 465c46

Segundo Nilton Tubino, assessor da Secretaria-geral da Presidência, a destruição dessas pistas afeta diretamente a logística dos garimpeiros, dificultando o transporte de suprimentos e equipamentos.

Ele acredita que, com a desativação das rotas aéreas, as atividades ilegais serão severamente prejudicadas, desmotivando a permanência dos garimpeiros na Terra Yanomami.

A expectativa é de que novas ações sejam realizadas em breve, como parte de um plano mais amplo de retirada completa do garimpo da região. O monitoramento contínuo, apoiado por tecnologias de ponta, é considerado essencial para o sucesso da operação.

Entre março e setembro de 2024, o governo intensificou suas operações, resultando na destruição de 45 pistas de pouso, 20 aeronaves, 96 antenas de comunicação via satélite, além de grandes quantidades de maquinário e recursos utilizados pelos garimpeiros.

O prejuízo causado aos grupos ilegais é estimado em R$ 209 milhões, fruto das 1.812 operações realizadas no período. As ações também resultaram em prisões.

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* Com informações da Agência Brasil