A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, reagiu nesta quarta-feira (11) ao depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira (10).
Nas redes sociais, a ministra classificou as declarações de Bolsonaro como “evasivas, se não mentirosas”, afirmando que o ex-presidente não se colocou em nenhum momento enfrentando provas materiais contra ele.
Gleisi criticou o tom político adotado por Bolsonaro e rebateu algumas das falas do ex-chefe do Poder Executivo. Um dos principais temas abordados foi a transposição do Rio São Francisco. Segundo a petista, 95% das obras foram concluídas ainda durante os governos de Lula.
A ministra também negou que Bolsonaro tenha sido responsável pela ampliação do Bolsa Família.
“O valor básico do BF ficou congelado de 2019 até o final de 2021 em cerca de R$ 200”, destacando que o acréscimo de R$ 400 durante a pandemia foi uma medida aprovada pelo Congresso, através de proposta do Partido dos Trabalhadores (PT).
Descumprimento do Teto de Gastos foi ainda atribuído ao ex-mandatário. Segundo Gleisi, Bolsonaro “furou o teto em R$ 795 bilhões”. Cr´ticias sobre corrupção foram levantadas da mesma forma:
“Vacina superfaturada, escolas fantasmas com verba do Fundeb, ônibus escolares pelo dobro do preço, tratores da Codevasf e outros, envolvendo familiares e ex-ministros”, destacou.
Em seu depoimento ontem o réu Jair Bolsonaro não conseguiu enfrentar em nenhum aspecto as fartas provas materiais contra ele. Da minuta do golpe a operação punhal verde amarelo suas declarações foram evasivas, se não mentirosas. E foi com discurso político que também levou a…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) June 11, 2025
Contexto 1o3p6q
O depoimento analisado faz parte das investigações que apuram uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, após resultados de eleições presidenciais. Bolsonaro é réu na ação.