A defesa do general Braga Netto pediu na última terça-feira (10) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a soltura do ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro. 

O pedido foi feito depois que o militar prestou depoimento ao STF sobre a ação que trata de uma suposta tentativa de golpe.

Ele negou acusações de ter entregue dinheiro em uma sacola de vinho ao ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e de ter conhecimento sobre a trama golpista.

Braga Netto está preso desde dezembro do ano ado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e de tentar obter detalhes dos depoimentos de delação de Cid.

Para os advogados, a prisão já não mais se justifica, já que houve encerramento dos interrogatórios do “Núcleo 1”. 

“Diante de todo o exposto, ratificando os pedidos já submetidos a esse STF e especialmente diante da atual situação fático-processual de encerramento da instrução desta ação penal, requer-se a revogação da prisão preventiva”, solicitou a defesa.

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Em março deste ano, uma tentativa de liberar o ex-ministro aconteceu. Contudo, a Primeira Turma da Suprema Corte rejeitou o pedido de habeas corpus da defesa e decidiu, por unanimidade, manter a prisão.

Interrogatórios 6wo1b

Braga Netto foi o último réu interrogado do núcleo 1 da ação penal pelo relator Alexandre de Moraes. Os outros interrogados foram:

  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; 
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; 
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente; 
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa. 

*Com informações de Agência Brasil