Ao chegar no Supremo Tribunal Federal (STF) para o segundo dia de interrogatórios na ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu, falou que está disposto a falar o que tiver que falar.
“Se eu puder ficar à vontade, se preparem, vão ser horas”, disse o ex-presidente, se alinhando ao que disse a sua defesa na última segunda-feira (9), que afirmou que Bolsonaro não ficaria em silêncio.
O ex-presidente ainda falou que não existiu “golpe”, querendo entender como será a conduta da Suprema Corte.
“Eu não sei qual vai ser o humor do ministro, do PGR. O golpe não existiu”, expressou.

O que dizem os investigados? 6u471
O primeiro dia foi marcado por falas do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
Cid afirmou ao STF que o ex-presidente leu e fez alterações na chamada “minuta do golpe”, documento que previa prisão de autoridades e decretação de estado de sítio para reverter o resultado das eleições de 2022.
Na manhã desta terça-feira (10), os ministros escutaram o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.
Ele afirmou que participou de uma reunião com Bolsonaro em que foi discutida a decretação de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para questões de segurança pública, mas negou que tenha sido discutida uma minuta para tentativa de golpe de Estado.
Quando Bolsonaro será ouvido? 1i6ki
O seguimento dos interrogatórios se dá por ordem alfabética. Contudo, por Cid ter contribuído com delação, foi o primeiro. Após Garnier, a ordem se dá com:
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF);
- Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Bolsonaro; ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.
*Com informações de CNN