Os irmãos Menendez, condenados pelo assassinato brutal dos próprios pais em 1989, podem estar perto de deixar a prisão, após quase três décadas. A possibilidade de liberdade condicional foi confirmada na última terça-feira (13).

Lyle e Erik Menendez foram sentenciados à prisão perpétua em 1996, sem possibilidade de liberdade condicional, após um julgamento que chocou os Estados Unidos e marcou a cultura do “true crime“.

Agora, uma nova condenação, de 50 anos, mudou o destino dos dois, que já cumpriram 35 anos de pena. Uma nova audiência acontece em 13 de junho para decidir o futuro deles

Caso dos irmãos Menendez inspirou temporada de série policial – Foto: Divulgação/ Netflix.

O caso, que voltou ao debate público após recomendação de uma nova sentença, ganhou destaque recentemente com a terceira temporada da série “Monstros”, da Netflix, que revisita o crime.

Relembre o crime que inspirou série 66w2c

Na noite de 20 de agosto de 1989, José e Kitty Menendez foram mortos a tiros dentro de sua mansão em Beverly Hills. A brutalidade da cena inicialmente fez a polícia suspeitar de uma execução ligada ao crime organizado.

No entanto, a história tomou outro rumo quando Erik Menendez confessou o assassinato a um psicólogo, revelação que acabou nas mãos da polícia e selou o destino dos irmãos.

Erik Menendez, à esquerda, e Lyle, à direita, em 1992 – Foto: Vince Bucci/ AFP.

Durante o julgamento, a defesa argumentou que os irmãos agiram em legítima defesa, alegando anos de abuso sexual por parte do pai e negligência da mãe, acusações nunca comprovadas.

Os promotores, porém, destacaram que os assassinatos foram premeditados, supostamente motivados pela herança milionária dos pais.

Apoiadora com placa pedindo a soltura dos irmãos: “Tempo cumprido, deixe-os sair” – Foto: Mario Tama/ Getty Images North America/ Getty Images via AFP.

Em 2023, um documentário do Peacock trouxe novas alegações de abuso contra José Menendez, o que alimentou pedidos de revisão do caso e reforçou a campanha pela libertação dos irmãos.

Eles demonstraram comportamento exemplar na prisão, por meio da liderança de programas de reabilitação para outros internos.