Presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) falou que decidiu, junto ao Colégio de Líderes, pautar a urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) apresentado pelo governo federal.

“Conforme tenho dito nos últimos dias, o clima na Câmara não é favorável para o aumento de impostos com objetivo de arrecadação para resolver nossos problemas fiscais”, afirmou. 

Na última quarta-feira (11), o presidente disse que o governo Lula (PT) precisa fazer o mínimo do “dever de casa”, que é cortar gastos. 

Ele ressaltou que é a chance de alinhar uma agenda considerada positiva para o país, especialmente após as reações negativas do Congresso e do setor produtivo às últimas propostas. 

Motta ainda alertou que as medidas fiscais do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não devem agradar nem ao empresariado e nem ao Parlamento. 

“Já comuniquei à equipe econômica que as medidas que estão pré-anunciadas deverão ter uma reação muito ruim”, disse.

Possibilidades no IOF 5i2x36

As negociações para buscar uma alternativa ao aumento do IOF ganharam um novo capítulo após uma decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que cobra novos esclarecimentos sobre emendas parlamentares.

A decisão incomodou Motta por mencionar o pagamento de “emendas de comissão paralelas” e um “novo Orçamento Secreto no Ministério da Saúde”. Dino determinou um prazo de dez dias úteis para que o Congresso se manifeste sobre o assunto.