A trabalhadora doméstica de 34 anos resgatada de uma situação análoga à escravidão em Manaus terá direito a uma indenização por danos morais e trabalhistas.
Os empregadores firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT), mas não divulgaram o valor da reparação.
Além disso, o Ministério do Trabalho lavrou auto de infração contra os patrões e o relatório da operação será encaminhado à Polícia Federal, que poderá abrir investigação criminal.
O caso ganhou repercussão após o resgate da vítima na última quinta-feira (6), em uma casa de alto padrão no bairro Ponta Negra, zona Oeste da capital.

Trabalhadora resgatada 3n1yo
A mulher acabou levada para o local ainda criança, com a promessa de abrigo e estudo, mas ou a cuidar de uma idosa e realizar todas as tarefas domésticas sem carteira assinada, salário ou direitos básicos.
Durante 22 anos, ela trabalhou para diferentes membros da mesma família, dormindo em um quarto sem ventilação e vivendo sem itens de higiene. Alegavam que ela “fazia parte da família” para justificar a exploração.
A operação realizou-se por uma força-tarefa do Ministério do Trabalho, MPT, Polícia Federal e Defensoria Pública da União. Após o resgate, a vítima recebeu atendimento psicossocial da Sejusc e foi reintegrada à sua família biológica.
Segundo o Radar do Trabalho Escravo, mais de 65 mil pessoas já acabaram resgatadas no Brasil desde 1995. Denúncias podem ocorrer de forma anônima no site ipe.sit.trabalho.gov.br.