Um pastor, identificado como John Harry, foi preso dentro de uma igreja suspeito de integrar uma quadrilha especializada em fraudes de empréstimos consignados a professores da rede estadual em Manaus.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o momento exato da prisão (assista ao vídeo abaixo).

No vídeo, é possível ver os policiais chegando ao local e, após notificarem o religioso sobre a ordem de prisão, ele inicialmente se recusa a cooperar.

Prisão do pastor – Foto: Divulgação/PC-AM.

“Com todo cuidado e respeito a todos que estavam lá, foi dado o cumprimento da ordem”, disse o delegado Cícero Túlio, do 1º Distrito Integrado de Polícia.

Pastor preso dentro de igreja em Manaus w4m4f

O pastor é investigado por suposta participação em um esquema que movimentou cerca de R$ 3 milhões em golpes contra servidores públicos.

A operação, que ocorreu entre os dias 31 de maio e 2 de junho, prendeu outras seis pessoas, incluindo um pai de santo e dois gerentes de banco, suspeitos de usar dados de professores para contratar empréstimos fraudulentos.

Assista ao vídeo da prisão:

A polícia pede que outras possíveis vítimas do esquema procurem a delegacia para registrar ocorrência. Os investigados já estão à disposição da Justiça.

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Durante a operação, foram presos Alan Douglas Pereira Barbosa, Jean Fábio França de Souza, John Harry Santos da Silva, Luís Gonçalves da Silva, Luiz Roberto Lima Fonseca, Manoel Moreno Penha Júnior e Samuel da Costa Matos.

Conforme o delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP, os suspeitos coletavam informações referentes à margem consignável de professores e, de posse desses dados, falsificavam documentos e aliciavam pessoas para se arem pelas vítimas em agências bancárias, onde realizavam contratos fraudulentos de empréstimo.

Atuação do pastor 2y3h2i

De acordo com o delegado, o pastor John Harry, juntamente com Luiz Roberto Lima Fonseca e Manoel Moreno, atuava como corretor.

Eles eram responsáveis por receber documentos falsificados e intermediar, com os titulares dos correspondentes bancários, a abertura de contas e o envio da documentação aos gerentes que autorizavam os empréstimos.

“Jean Fábio, Samuel da Costa Matos e Marcos Pitter atuavam como correspondentes bancários e tinham a função de intermediar com o gerente Alan Douglas a concessão fraudulenta de crédito consignado. Em um ano, a quadrilha movimentou mais de R$ 3 milhões”, contou.

As vítimas só tomavam conhecimento dos golpes cerca de dois meses após a contratação fraudulenta, quando os descontos começavam a aparecer em seus contracheques, referentes aos empréstimos que jamais solicitaram.