A Prefeitura de Coari, no interior do Amazonas, decretou situação de emergência por 180 dias nesta segunda-feira (2) devido à cheia dos rios e lagos que já impacta a zona urbana e 93 comunidades rurais em 2025.
A medida acabou oficializada pelo Decreto Municipal nº 1.194/2025 e assinada pelo prefeito Adail Pinheiro.
A cheia do Rio Solimões alcançou 16,59 metros na estação de Itapéua, e o Lago de Coari chegou a 16,61 metros, entre os maiores níveis dos últimos anos. Os alagamentos têm provocado prejuízos em áreas como saúde, produção rural, habitação e educação.
Durante o anúncio, o prefeito afirmou que o município já iniciou a compra de kits humanitários para atender as famílias afetadas.

“Já estamos providenciando a aquisição dos kits humanitários para atender as comunidades da zona rural e socorrer as famílias que perderam tudo o que produziram. A situação é delicada, pois já começa a faltar o básico para a sobrevivência dessas pessoas”, afirmou.
Conforme o decreto, a prefeitura poderá contratar serviços e adquirir bens sem licitação, além de mobilizar todos os órgãos municipais, convocar voluntários, realizar campanhas e até desapropriar áreas de risco.
A Defesa Civil local segue em campo com monitoramento e atendimento direto às famílias atingidas.

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De acordo com o boletim divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Governo do Amazonas:
- 85.940 famílias estão afetadas em todo o estado, totalizando cerca de 343 mil pessoas impactadas.
- Das 62 cidades amazonenses, 29 estão em situação de emergência, 28 em alerta, 3 em atenção e 2 em normalidade.
- Já foram enviados 250 toneladas de cestas básicas, 600 caixas d’água, 57 mil copos de água potável e 10 kits purificadores.
- A SES-AM entregou 72 kits de medicamentos, além de uma nova usina de oxigênio para Manicoré e cilindros para Apuí.
Por fim, a Operação Cheia 2025 está em andamento, com monitoramento constante da Defesa Civil e apoio aos municípios mais atingidos.