Você sabe por que Roraima ainda sofre com apagões? As frequentes quedas de energia afetam diretamente a vida da população local, bem como o funcionamento dos setores essenciais da economia.
Isso se dá, principalmente, pelo fato do estado ser o único do Brasil que segue desconectado do Sistema Integrado Nacional (SIN). Com isso, apesar de possuir outras fontes de energia, Roraima fica mais vulnerável a quedas de energia.
Embora ainda não tenha registrado um blecaute em 2025, os episódios dos anos anteriores evidenciam uma instabilidade preocupante.
Como Roraima consegue energia elétrica? 4r295f
Segundo dados fornecidos pela Roraima Energia, o estado apresentou uma redução expressiva nos blecautes durante os últimos anos. Essa queda aconteceu devido à influência de diversos fatores.
Em 2019, a Venezuela parou de fornecer energia para Roraima, que ou a depender integralmente de usinas termelétricas a diesel.
Além disso, com o resultado do Leilão ANEEL 003/2021, também foram implantadas usinas termelétricas movidas por fontes alternativas, que não só têm contribuído para o suprimento energético, mas também visam diversificar a matriz energética do estado.
Outra forma que o sistema de Roraima é abastecido é através da Usina Hidrelétrica Jatapu, localizada no sul do estado. A fábrica gera uma pequena parcela de energia distribuída por sistemas solares.
Confira os números de blecautes anuais em Roraima:
- 2018 – 83
- 2019 – 37
- 2020 – 7
- 2021 – 8
- 2022 – 8
- 2023 – 2
- 2024 – 4
- 2025 – 0 (até o momento)
Principais impactos da falta de conexão ao SIN 535e6o
Devido ao isolamento do SIN, o estado de Roraima é afetado em diversos serviços essenciais.
Segundo Felipe Castro, empresário industrial da Federação das Indústrias de Roraima (FIER), a falta de conexão afetou os custos de operação e produção do estado diariamente.
“A cada interrupção, ocorre quebra na cadeia produtiva e por consequência perda no processo, gerando custos adicionais”, afirmou.
Além disso, o empresário destacou que a falta de o ao fornecimento de energia nacional afetou a competitividade do setor industrial de Roraima com o resto do país. Ele ainda frisou que o estado tem o custo de energia mais alto do Brasil.
De acordo com Frederico Peiró, consultor do Fórum de Energias Renováveis, o custo de geração de energia pelas termelétricas em Roraima ultraa R$ 1 bilhão devido ao uso do diesel.
Assim, os custos se elevam ainda mais, pois a produção de energia elétrica inclui despesas, aluguel de geradores, manutenção e operação.
Expectativas com a interligação ao SIN em 2025 y3e3
Apesar disso, Roraima tem planos para se integrar ao Sistema Integrado Nacional (SIN) em 2025.
No dia 2 de janeiro de 2025, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) autorizou o projeto da TransNorte Energia S.A., cujo objetivo é integrar o sistema elétrico de Roraima ao SIN por meio do Linhão de Tucuruí.
O projeto, com mais de 700 km de extensão, dará continuidade ao sistema que já atravessa o Pará e o Amazonas, beneficiando Roraima e outras dez comunidades isoladas com a nova linha de transmissão.
A obra tem previsão de conclusão para setembro de 2025 e deve gerar mais de 11 mil empregos diretos e indiretos.
Atualmente, 58 usinas termelétricas abastecem a capital, Boa Vista, e cidades da região metropolitana, operando com óleo diesel, gás natural, biomassa e uma pequena hidrelétrica. Além disso, parte da energia consumida na região é fornecida pelo Linhão de Guri, da Venezuela.