Partindo da premissa de que as investigações da Polícia Federal sobre o rombo na UERR são verdadeiras, e R$ 55 milhões foram desviados em 2022, com R$ 27 milhões sendo sacados em agosto e setembro em plena campanha eleitoral, pela empresa suspeita de promover o desvio de mais de R$ 100 milhões da universidade, é de se acreditar, sim, que esses R$ 27 milhões podem ter sido usados para compra de votos. Lembrando que o reitor da UERR na época, Régys Freitas, foi o coordenador da campanha de Antôno Denarium.

É muita informação, dados e dinheiro circulando no entorno de gente que teria todo o interesse do mundo na reeleição do governador.

Isso pode explicar como que Teresa Surita, cinco vezes prefeita de Boa Vista, que deixou sua gestão com 80% de aprovação, perdeu em todas as seções na cidade. Só o dinheiro, muito dinheiro, justifica que um governador queimado pelo mal gerenciamento da Covid um ano antes, com mortes de dezenas de pessoas e de recém-nascidos no HGR e na maternidade lona, tenha vencido em todas as seções.

E não estamos nem falando de mais dinheiro suspeito sacado às vésperas da eleição, como aquele pagamento absurdo de precatório a um apoiador de Denarium, Sander Salomão, que em menos de 24 horas após o dinheiro ser liberado, retirou R$ 18 milhões.

Se a Polícia Federal seguir esse dinheiro que Sander Salomão sacou, poderá encontrar muitos caroços debaixo desse angú.